Uma reunião foi feita por videoconferência com parlamentares da bancada católica do Congresso ,padres e sacerdotes católicos com o Presidente Jair Bolsonaro, coordenado pelo Deputado Major Hugo ( PSL-GO).
Uma proposta foi feita ao governo Bolsonaro, no último dia 21, em videoconferência, que ofereceram a presidente, uma mídia positiva as ações governamentais na pandemia, porém, uma em troca querem anúncios estatais e outorgados outorgas para expansão de sua rede de comunicação.
A videoconferência foi pública e transmitidas pelas redes sociais do Planalto e pela TV Brasil.
Um dos pedidos foi feito pelo padre Wellington Silva, da TV Pai Eterno, onde afirmou que a emissora, passa por dificuldades e espera uma aproximação com a SECOM, podendo assim, promover uma pauta positiva e as ações do governo durante a pandemia.
A SECOM tem 127,3 milhões em contratos com agências de publicidade, também é o quinto maior orçamento do Executivo.
Já o Padre Reginaldo Manzotti, da associação Evangelizar é preciso, falou sobre o que os católicos podem fazer para frear o desgaste da imagem do presidente do governo, e que é preciso um olhar mais atencioso para a TV e rádios católicas.
O Presidente finalizou a reunião ,colocando-se, a disposição para estreitar o contato com os líderes católicos evitando comentar a pedido de específicos.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil ( CNBB), repudiou em nota sobre os pedidos de verba feitos ao governo federal pelos presentes na videoconferência em troca de apoio ao governo, emitida a Filha de São Paulo.
Nota na Íntegra:
Sobre a reportagem “Por verbas, TVs católicas oferecem a Bolsonaro apoio ao governo”, com a manchete na primeira página “Ala da Igreja Católica oferece a Bolsonaro apoio em troca de verba”, do jornal O ESTADO DE SÃO PAULO em 06.06.20, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, juntamente com a SIGNIS Brasil e a Rede Católica de Rádio (RCR), associações que reúnem as TVs de inspiração católica e as rádios católicas no Brasil, esclarecem que não organizaram e não tiveram qualquer envolvimento com a reunião entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, representantes de algumas emissoras de TV de inspiração católica e alguns parlamentares, e nem ao menos foram informadas sobre tal encontro.
Informamos que as emissoras intituladas “de inspiração católica” possuem naturezas diferentes. Algumas são geridas por associações e organizações religiosas, outra por grupo empresarial particular, enquanto outras estão juridicamente vinculadas a dioceses no Brasil. Elas seguem seus próprios estatutos e princípios editoriais. Contudo, nenhuma delas e nenhum de seus membros representa a Igreja Católica, nem fala em seu nome e nem da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que tem feito todo o esforço, para que todas as emissoras assumam claramente as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.
Recebemos com estranheza e indignação a notícia sobre a oferta de apoio ao governo por parte de emissoras de TV em troca de verbas e solução de problemas afeitos à comunicação. A Igreja Católica não faz barganhas. Ela estabelece relações institucionais com agentes públicos e os poderes constituídos pautada pelos valores do Evangelho e nos valores democráticos, republicanos, éticos e morais.
Não aprovamos iniciativas como essa, que dificultam a unidade necessária à Igreja, no cumprimento de sua missão evangelizadora, “que é tornar o Reino de Deus presente no mundo” (Papa Francisco, EG, 176), considerando todas as dimensões da vida humana e da Casa Comum. É urgente, sim, nestes tempos difíceis em que vivemos, agravados seriamente pela pandemia do novo coronavírus, que já retirou a vida de dezenas de milhares de pessoas e ainda tirará muito mais, que trabalhemos verdadeiramente em comunhão, sempre abertos ao diálogo.
Fonte: Folha Gospel